quarta-feira, 6 de abril de 2016

LEVIATÃ E OUTRAS FACES

Vi o que tu viste, andei sobre as pedras sangrando meus calcanhares, a sua mancha também estava lá.
Senti o cheiro da carne cozida abaixo do sol escaldante tal deus me devore! Mas meu abismo ainda vive em mim, meu peso se joga contra o precipício de águas salgadas que curaram minhas chagas. No fim vi o grande olho aberto escondido no lugar mais obscuro das profundezas.

Uma criatura remota, enorme, terrível ..., mas tão bela que me atraio aos grandes lábios úmidos. Sua moradia era no mar terrível nas profundezas da solidão, sem calor, sem amor, apenas um demônio que sofre por ser quem é, somos todos leviatãs escondidos entre roxas com medo de mostrar a face na luz do dia, mas eu pegarei em sua mão e morreremos juntos arrastados pela corrente do prazer onde o amor não tem limites, sua voz ressoa grosseira pelo ódio que carrega. A dor é apenas um ponto maior do prazer porem excede nossas expectativas nos fazendo sofrer, o amor é um outro lado que motiva... 


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