" Na civilização industrial desenvolvida, como testemunho do
progresso técnico existe uma falta de liberdade que, paradoxalmente, é confortável,
suave, razoável e democrática homem pensa que é livre, mas essa liberdade foi estruturada
condicionada por uma máquina vigente. Ele aceita as regras do jogo sem ao menos
perguntar se estas são as regras mais convenientes e acordes com sua natureza humana.
Está possuído de uma falsa consciência. A felicidade na sociedade industrial é
contada em termos quantitativos e não qualitativos
É a quantidade de coisas externas que dá a ilusão de
felicidade
A tecnologia está agindo para dominar a natureza e o homem
Assim é inevitável que o universo tecnológico redunde num
universo político para preservar seus interesses em detrimento do próprio
homem.
Nossa sociedade industrial é fetichista. A atenção dos indivíduos
é voltada sobretudo para objetos, para quantidade e não para o homem
Ao envolver-se e cercar-te tão avidamente de tantos objetos,
é infalível que o homem fique sem capacidade de organizar seu próprio destino a
não ser na direção que a tecnologia lhe indique. Dessa maneira, iludido pela
propaganda que lhe impinge as mais estranhas coisas e absorvendo ideias
irracionais que aprendeu a racionalizar, ele é capaz de se sentir feliz; mas é
uma felicidade profundamente infeliz, que transparece nas lutas de classe, nas passeatas,
nas revoltas dos negros, nas guerras de agressão, no escapismo pelo uso das drogas,
nos consultórios dos psiquiatras, nas igrejas e no tédio das classes mais
ricas."
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